PS consolida domínio no Crato

Nas eleições autárquicas de 2025 no concelho do Crato, o Partido Socialista reforçou a sua liderança e conquistou 46,55% dos votos, correspondentes a 1.004 votos, garantindo três mandatos. O PPD/PSD consolidou-se como principal força da oposição, somando 35,79% e 772 votos, o que lhe valeu dois mandatos. A CDU registou 9,32% (201 votos), enquanto o Chega, alcançou agora 5,80% com 125 votos. A abstenção fixou-se nos 24,50%, com uma participação de 75,50%, correspondente a 2.157 votantes em 2.857 inscritos. Tal como nas eleições anteriores, a lista do PS foi liderada por Joaquim Diogo, deputado e autarca socialista que se apresentou como candidato em 2017, 2021 e 2025, vencendo as três eleições consecutivas. Com esta nova vitória, Joaquim Diogo prepara-se para cumprir o seu último mandato, encerrando um ciclo político de liderança contínua no município do Crato.

Comparando estes resultados com os de 2021, observa-se que o PS já liderava com 43,93% e 1.009 votos, seguido de um movimento independente (NC) com 19,16% e 440 votos. O PPD/PSD surgia nessa altura em terceiro lugar com 18,42% (423 votos), enquanto a CDU (então na coligação PCP-PEV) somava 15,28% com 351 votos. O Chega tinha apenas 0,87% dos votos, ou seja, apenas 20 eleitores. A participação eleitoral em 2021 foi ligeiramente superior à de 2025, com 77,24% de votantes, o equivalente a 2.297 cidadãos.

Em 2017, verifica-se que o PS, também liderado por Joaquim Diogo, mantinha já uma posição dominante com 43,06% e 1.043 votos, seguido do PPD/PSD com 28,82% (698 votos). A CDU tinha então um peso muito superior ao atual, reunindo 24,61% dos votos, num total de 596 eleitores. O CDS-PP recolhia apenas 0,78% (19 votos) e o Chega ainda não registava presença. A abstenção era de 23,11%, muito próxima da registada em 2025.

 

 

Em síntese, o Crato apresenta um mapa político marcado pela continuidade do PS e da liderança de Joaquim Diogo, pela recuperação do PSD e pela retração gradual das forças tradicionais de esquerda, ao mesmo tempo que emergem novas dinâmicas com o crescimento do Chega e o desaparecimento de candidaturas independentes. Com mais uma vitória, Joaquim Diogo entra agora naquele que será o seu último mandato à frente do município, encerrando um percurso político de três triunfos consecutivos nas urnas.

 

Autora: Catarina Oliveira

Top